domingo, 28 de fevereiro de 2010

Amor canibal


Na minha boca sinto a saliva
Mas não quero alimentar-me
Só o que me preenche o vazio
É sentir o sabor da tua carne.

Fome e sede não sinto mais
Mas se vierem não vão assustar-me
Quero apenas beber do teu sangue
E da tua carne, só quero fartar-me
Quero ter você dentro de mim
E a meu sangue irei misturar-te
Pareço um louco, ou coisa assim...
Mas não se assuste, não quero matar-lhe

Quero apenas tê-la em mim
Usar meu corpo como teu abrigo
Te prender onde não possa fugir
Para que fique sempre comigo

Misturar-te à minha essência
Diluir-te em meus pensamentos
Realizar o meu sonho enfim
De estarmos juntos a todo momento

Nós seremos a mesma matéria
Nossa vida será apenas uma
Todos os medos irão nos temer
Todas as dores tornar-se-ão nulas

Não duvide de tudo o que eu disse
Não estou louco, nem perdi a razão
Você já está aqui dentro de mim
Batendo junto com meu coração

Um comentário:

  1. Caramba, gostei muito da analogia que voce fez aqui, pois muitas vezes o amor doentio destroi a pessoa. Com uma análise detalhada, podemos perceber que não foi a intenção do narrador... muito bonito também, gostei de tudo!

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